Selva de Pedra - 1 ª versão (2024)

A ascensão do jovem interiorano Cristiano Vilhena (Francisco Cuoco), que, seduzido pelo poder, põe em risco sua felicidade ao lado da mulher, Simone (Regina Duarte), é o mote da trama. A ambição aproxima o protagonista do vilão Miro (Carlos Vereza), capaz de tudo para eliminar qualquer obstáculo à ascensão social de Cristiano. Miro sugere até mesmo a morte de Simone. Após muitos contratempos, o casal consegue se entender e ser feliz.

Autoria: Janete Clair | Direção: Daniel Filho e Walter Avancini | Codireção: Reynaldo Boury e Milton Gonçalves | Período de exibição: 10/04/1972 – 23/01/1973 | Horário: 20h | Nº de capítulos: 243

Selva de Pedra - 1 ª versão (1)

Abertura da novela Selva de Pedra – 1ª versão (1972).

EXCLUSIVO MEMÓRIA GLOBO

Selva de Pedra - 1 ª versão (2)

Webdoc sobre a novela Selva de Pedra – 1ª versão com entrevistas exclusivas do Memória Globo.

Selva de Pedra - 1 ª versão (3)

Entrevista exclusiva da atriz Gloria Pires ao Memória Globo em 16/04/2012, sobre o início de sua carreira, em uma participação na abertura da novela “A Pequena Órfã” (1968), da TV Excelsior, até a entrada na novela “Selva de Pedra – 1ª versão”, na Globo.

TRAMA PRINCIPAL

O jovem Cristiano Vilhena leva uma vida simples e sem maiores perspectivas em Campos, no interior do Rio de Janeiro. Seu pai, o beato Sebastião (Mário Lago), é um pastor evangélico que o obriga a tocar o bumbo durante seus sermões na praça da cidade. Sua família sobrevive do pouco dinheiro que ganham vendendo medalhas e flores artificiais durante os sermões. Alvo da zombaria dos outros rapazes, Cristiano acaba brigando com um deles, que puxa uma faca e, durante a briga, acaba sendo vítima de sua própria arma, morrendo em seguida. A única testemunha da cena é a jovem escultora Simone Marques (Regina Duarte): sabendo que Cristiano é inocente, ela o abriga em sua casa. Com medo de ser acusado pela morte do rapaz, Cristiano deixa a cidade com Simone para morar no Rio de Janeiro (na Guanabara, antiga capital fluminense).

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Francisco Cuoco e Regina Duarte em Selva de Pedra – 1ª versão, 1972 — Foto: Acervo/Globo.

TRAMAS PARALELAS

Neuza Amaral sobressaiu no papel de Walkíria. A personagem assassina o amante, Sérgio (Eliano de Souza), por ciúmes da filha, Flávia (Sônia Braga), e depois assiste, impassível, à cena em que a jovem, traumatizada a ponto de perder a fala, é responsabilizada pelo crime.

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Sonia Braga em Selva de Pedra 1ª versão, 1972 — Foto: Acervo/Globo

PERSONAGENS

Carlos Vereza teve um desempenho brilhante e elogiado pela crítica no papel de Miro, o vilão manipulador e, ao mesmo tempo, carente e carismático. Ele conta que usou as próprias emoções e seu universo interior para construir o personagem, cheio de sentimentos contraditórios. Alguns detalhes criados pelo ator para a personalidade de Miro acabaram sendo incorporados por Janete Clair, como a paixão pela cantora Ângela Maria. A autora passou a incluir nos scripts pequenas notas pedindo que Vereza improvisasse imitações da cantora durante uma ou outra cena. Os diálogos de Miro eram repletos de gírias, e Carlos Vereza criou uma que acabou caindo na boca do povo: a expressão “amizadinha”.

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Carlos Vereza e Francisco Cuoco em Selva de Pedra – 1ª versão, 1972 — Foto: Acervo/Globo

BASTIDORES

Aproximadamente 400 fitas de videoteipe foram utilizadas para gravar e editar os 243 capítulos de 'Selva de Pedra'. Posteriormente, as fitas foram reaproveitadas. Nos arquivos da Globo, consta apenas o compacto de 76 capítulos, exibidos em 1975 em substituição a 'Roque Santeiro', vetada pela Censura Federal.

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Bastidores de gravação de Selva de Pedra - 1ª versão, 1972 — Foto: Acervo/Globo

CENSURA

A sinopse previa que Cristiano (Francisco Cuoco) se casaria com Fernanda (Dina Sfat) depois que Simone (Regina Duarte) fosse considerada morta no acidente de carro. Mas a Censura Federal proibiu que isso acontecesse, alegando que a personagem continuava viva e que, se Cristiano se casasse novamente, estaria incorrendo no crime de bigamia. Para os censores pouco importava se o personagem de Francisco Cuoco acreditava que Simone estava morta: o público sabia a verdade, e isso era o bastante para vetar a cena. Com a proibição, 22 capítulos que já estavam prontos precisaram ser reescritos. Janete Clair escreveu sete capítulos em um único fim de semana e, assim, reestruturou a novela. Com a modificação na história, Fernanda é abandonada no altar.

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Regina Duarte e Francisco Cuoco em Selva de Pedra – 1ª versão, 1972 — Foto: Acervo/Globo

CENAS MARCANTES

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Cena em que o carro de Simone (Regina Duarte), perseguido por Miro (Carlos Vereza), capota na estrada

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A cena em que Simone (Regina Duarte) é desmascarada pelo delegado na frente de Cristiano (Francisco Cuoco) e, sem saída, confirma que Rosana Reis não passa de uma farsa

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Cena em que Fernanda (Dina Sfat) prende Simone (Regina Duarte) em uma cabana.

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Cena em que Cristiano (Francisco Cuoco) reconhece Simone (Regina Duarte), mas ela afirma ser Rosana Reis, irmã gêmea de Simone.

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Cena em que Miro (Carlos Vereza), totalmente perturbado, começa a andar a pé por entre os carros, assaltado por lembranças dos pais, e morre atropelado

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Cena final da novela, em que Cristiano e Simone passeiam pelo navio que Caio os presenteou

FONTES

Depoimentos concedidos ao Memória Globo por: Carlos Vereza (14/06/2002), Daniel Filho (31/07/2000), Francisco Cuoco (03/04/2002), Ida Gomes (23/04/2001), Regina Duarte (14/03/2005), Neuza Amaral (21/05/2009), Arlete Salles (30/01/2002 e 24/06/2010), Glória Pires (14/08/2006), Kadu Moliterno (29/05/2006), Emiliano Queiroz (15/12/200); Centro de Documentação da TV Globo; ALENCAR, Mauro. A Hollywood Brasileira: Panorama da Telenovela no Brasil. 1ª ed. Rio de Janeiro, Senac, 2002, p.137; FERNANDES, Ismael. Memória da Telenovela Brasileira. São Paulo, Brasiliense, 1997, pp. 157-159; FERREIRA, Mauro. Nossa Senhora das Oito – Janete Clair e a Evolução da Telenovela no Brasil. Rio de Janeiro, Mauad, pp. 67-74; Melhores Momentos – A Telenovela Brasileira. Rio de Janeiro, Rio Gráfica Editora, 1980, pp.204-205; MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo, v.1: programas de dramaturgia & entretenimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003, p. 35-36; RITO, Lúcia. “O país mostra a cara na TV” In: Veja, ed. esp. 09/2003; www.teledramaturgia.com.br; acessado em 04/2006; www.us.imdb.com, acessado em 04/2006. MEMÓRIA GLOBO. Guia Ilustrado TV Globo – Novelas e Minisséries. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2010; XAVIER, Nilson. Almanaque da Telenovela Brasileira. São Paulo, Panda Books, 2007.

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